murmuram voos de insetos
por sobre os pratos
da noite
com alguns restos de tarde
presos em azuis gengivas.
sob o olhar da rua,
a Lua lambe
esqueletos brancos
- de estrelas -
ao som de tétricos
miados ensaiados nos telhados.
e solares nacos
- cascas de laranja -
são sobremesa oculta
no oblíquo bojo
dos postes elétricos
desassombrados.
8 comentários:
A cena que o poema prevê, tem muita poesia nas entrelinhas e muita beleza destas noites.
Beijos.
Rafaela,
Pareceu-me trilha sonora para aqueles curtas-metragens de arte sobre a virada do século XIX para o XX. Muito bom!
Beijos!
Caríssimos,
agradecida fico, e muito, pelos olhares enriquecedores! :)
Mil beijos
O que comentar?
É vida de bicho!
Este quadro do anoitecer pintado com as tintas da sensibilidade, algo entre o natural e o sobrenatural. Imagem e poema em perfeita sintonia. Parabéns pela linda escrita. Abraços
Fez-me enquanto lia, viajar e sonhar com os olhos bem abertos com cenários, cheiros e sons de outras vidas, de outros tempos, outros eus.
Muito bom!
Um beijo,
Jhosy
http://meninamsicaeflor.blogspot.com.br/
Adoro ver essas leituras atentas. E gentis.
Beijos gratos, meus caros!
Quero agradecer-lhe pelo lindo comentário que me deixou.. aproveitei e reli seu belíssimo poema.
Beijos.
Postar um comentário